AMIEIRA DO TEJO: A poesia de Jorge Pires (III)

 

Recordações de Infância 
Já desde criança que eu ando a cantar
Pois sempre esperei por um mundo novo
Cantava cantigas para me embalar
Meu povo, meu povo, meu povo
Canta cantigas para me consolar.

Triste muito triste foi a minha infância
Faltava-me o pão, faltava-me a vida
Fui criança triste, que triste criança
Minha querida mãe, minha mãe querida
Teu carinho e amor minha grande herança

Minha mãe chorava ao ver-me sofrer
Os dias passavam e eu não tinha pão
Pobreza maior não podia haver
Por isso eu te trago no meu coração
Minha mãe querida, não queiras morrer!

* Jorge Pires

Postagens mais visitadas deste blog

MEMÓRIA DE NISA: Tumultos na Feira do Espírito Santo (1907)

PORTALEGRE: Prisão preventiva por violência doméstica