quarta-feira, 22 de julho de 2009

POESIA POPULAR DE AMIEIRA

INFINITO
Um dia quando eu morrer
E partir para o infinito
Vou continuar a escrever
Tudo o que não deixei escrito

Com S. Pedro falarei
Para me ensinar a sua lei
Para depois a escrever
Mas não quero perder de vista
Esta terra tão altruísta
Um dia quando eu morrer

Hei-de dar as boas vindas
A tantas figuras lindas
Sobre as quais eu tenha escrito
Quero fazer-lhes a apologia
Com um toque de magia
E partir para o infinito

Hei-de falar-lhes de esperança
E trazer-lhes à lembrança
Como foi o nosso nascer
Quero dizer-lhes ainda
Que prá nossa terra linda
Vou continuar a escrever

Falarei com advogados
E outros homens letrados
Que já estão no infinito
Se eles não se importarem
Vou pedir-lhes para me ensinarem
Tudo o que não deixei escrito.
Jorge Pires